terça-feira, 23 de dezembro de 2008

2008....ano bissexto...
Esse ano....

Ñ comprei um cachorro;
Não viajei de avião;
Mudei de emprego 2X;
Reativei uma amizade maravilhosa de anos;
Rompi (emos) um namoro de 6 anos e puetz....dor de parto deve ser parecida...urgh...q coisa horrorosa.....nossa....;
Minha sobrinha fez 18 anos e tem seu primeiro emprego;
Cantei “So Happy together” 15 milhões de vezes;
Fiz muito pudim branco;
Minha mãe é o melhor ser humano do mundo a cada dia q passa e tenho me apaixonado cada vez mais por ela;
Meu sobrinho se formou na 8ª série e entra numa nova etapa;
Tomei cervejas diferentes, muita tequila, brindei muito...conheci lugares muito legais;
Cortei muito o cabelo;
Fiz algo inusitado....mas queria msm ter pulado de pára-quedas;
Minha amiga Regina ficou grávida e a Pri logo, logo terá a linda Duda;
Ainda ñ sei andar de bicicleta;
Bob Esponja continuou maravilhoso;
Tive um dos melhores aniversários (se não foi o melhor) de toda minha vida;
Minha sobrinha fez 1 aninho em agosto e ela q rouba meus melhores risos e q me dá os melhores carinhos e abraços...E anda, anda depressa pra ganhar o mundo;
Vi o mar menos q gostaria, mas vi estradas maravilhosas;
Fui pela primeira vez ao cinema sozinha assistir Jogos Mortais V;
Ñ fui a nenhum parque de diversões grande, embora tenha cogitado a idéia com muita gente;
Ñ enchi todo meu cofrinho;
Ainda acho q cor-de-rosa é um ataque terrorista ao mundo;
Tive algumas decepções com amizades e como boa geminiana q sou, sofri um absurdo, me culpei pela milésima vez de ser tão intensa e todo aquele folhetim q a maioria conhece;
Li em média uns 15 livros e indico “A menina q roubava livros”;
Uma amiga de infância morreu de forma trágica e me partiu o coração;
Dei milhares de selinhos....rsrs;
Conheci um amigo maravilhoso q tem um sotaque q mais parece uma sinfonia;
Uma pessoa próxima teve uma complicação de saúde no início do ano e quase morreu e eu quase pirei, mas passou....;
Me apaixonei umas 200X....pela mesma pessoa, por pessoas diferentes, por lugares, por estações, por personagens de livros, pela vida,pela minha família;
Mas tb quis distância de um monte de gente, um monte de lugares e um monte de hábitos mais de 200X.....(geminiana, esqueceu???rs);

P’ra 2009?

Não quero promessas ao vento, ñ quero nada q minhas mãos ñ alcancem.Quero minha família pertinho, exatamente como está, quero q todos tenham mta saúde e q minha pequena Victória aprenda a dizer “te amo”.Quero brindar com meus amigos 1 milhão de vezes mais, quero abraça-los em cada canção q nos faça lembrar o qto somos cúmplices e quero sim, viver de muito, muito amor.....
Ta bom vai....só um desejozinho: Quero aprender a tocar violão!!!!! rs

E pra vc q está lendo, desejo o dobro de felicidade q desejo pra mim!!!!
Que descubra sempre q a vida é um grande barato e que sim....
Todos os dias, nós somos o maior milagre que pode acontecer!
E daí, num dia de primavera, acordei e não tinha mais meu chão seguro p’ra por os pés ou as nuvens em que tantas vezes me refestelei...Olhei ao redor e estava sem meus hábitos, sem minhas verdades,sem metade de mim, sem a vida que eu tanto enchia a boca pra falar que era minha...Estava sozinha.
Tentei pôr os pés no chão e recomeçar a andar, mas tudo que vi à minha frente foi um vazio, um grande espaço vago, completamente desnudado de cores e flores.Um deserto cinza e gelado.Minha primeira reação foi a de um medo horripilante, um calafrio que me gelava a alma...Logo pensei: “E agora?”.A grande charada era como iniciar tudo, absolutamente tudo, sem ter um esboço, sem ter uma seta e p’ra piorar , com a visão turva, sem distinguir direito a lógica ou algum princípio.Perdida.Descalça.
Cada vez que eu tentava pensar em um modo, me vinha um golpe...Uma dor interna que me dilacerava...As dores vinham em seqüência sem trégua, em forma de saudade, de imagens de um passado recheado de sorrisos, brindes, festas, felicitações, vozes conhecidas e queridas.Uma infinidade de sonhos, um aglomerado incontável de pedras que um dia seriam meu castelo.As lembranças de rostos, de páginas que se passaram, de promessas, vinham como uma chuva de flechas em minha direção...Todas elas me acertaram, todas me derrubaram...por vezes quis ficar ali jogada, quieta com toda aquela dor, toda aquela perturbação....Mas como toda história boa que se preze ( e a minha tem q ser boa,claro) tem a turma do bem, a minha também tem a turma dos mocinhos.
Sem querer reagir e quase inerte, minha visão começa a melhorar um pouco, mas começa...Vejo pessoas dispostas a me dar a mão e solto um suspiro aliviado, ainda com o medo presente, elas me repetem a frase que vai me guiar o resto da vida : “ Vai passar”.
Já consegui colocar meus pés no chão.Ainda dou passos lentos, dou algumas titubeadas, mas encontro amigos que me amparam e dão o braço para me apoiar.Quando a dor vem avassaladora e me cega, minha família me conduz onde meus olhos não podem ver a razão.
Não estou sozinha.
Tenho a certeza absoluta que durante todo tempo Deus também está comigo e como bom paizinho que é, tem me mimado com dias de sol que tanto gosto, com cores mais vivas em alguns lugares que eu passo e me presenteia com o sorriso da minha amada Victória quando chego em casa.
Ainda estou meio perdida, mas não mais descalça....Não tenho firmeza nos passos, mas tenho certeza que posso andar novamente e que o amor que estou recebendo tem me feito forte .


Sim.Vai passar!


....

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Folga.

A ausência de parte de mim faz com que isole o que sobrou.Não posso estender um braço para um abraço ou para um brinde se não tenho o outro.
O que tento dizer é que na falta daquela Selma que eu tinha e que todos tinham, é preciso agora que seja gerada um outra. Isso requer tempo.Gerar, desenvolver e conceber. Preciso ficar em resguardo , pois a dor que me assola talvez não permita que eu conceba uma outra Selma.Daí o silêncio, daí a quietude.
Não posso simplesmente oferecer o que não tenho.Não mais disponho de sorrisos à vontade, de algumas certezas, de sonhos e amores.Na falta do cultivo da felicidade (perdão aos que ainda precisam agora de mim), não posso dar.
Não espero compreensão de ninguém, até porque não tenho ainda a minha própria compreensão para me dar.Não sei o que direito acontece, tenho tido alguns rompantes de esclarecimentos, algumas breves brisas de explicações, mas não são o bastante.Preciso que o tempo, o milagroso ajudador, me reestabeleça.
Sei que fui feita à Imagem e Semelhança de Deus e que o Amor, Justiça, Sabedoria e Bondade vão imperar e me fortificarei a darei a luz a uma linda Selma, que lembre a anterior, mas muito mais forte.Deus me estendeu anjos do céu (em forma de meus familiares) e tenho sido bem amparada, ainda que recolhida em mim mesmo.
A dor é como uma equação de matemática nuclear, um cálculo de física quântica de Doutorado.Você sabe resolver? Vê aquele monte de números “ilógicos” perdidos e sabe o que fazer com eles? Se a resposta for não e provavelmente é, não tente calcular a minha dor e dá-la como exagerada ou descabida.Assim como a equação nuclear ou a física quântica lhe fogem à lógica, tal qual se dá ao que sinto agora.
O tempo pode ser gentil comigo e me ajudar a me refazer em dias ou semanas ou se usar de mais sabedoria, talvez anos....Mas me ajudará, sei que tudo ficará bem, sei que tudo dará certo.Tenho um grande amor em mim, pela vida, por tudo o que Deus tocou durante a criação e é essa matéria principal pela qual começarei a “ser” novamente.Foi o amor que me trouxe até aqui e ele que me recuperará.

Até daqui a pouco.Volto já!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Descobertas

Não vou falar de quem eu sou, mas das coisas que eu acabei descobrindo com o passar do tempo.
Descobri que todos julgam.Eu, vc,o padeiro, o motorista, a florista, todos. Nascemos com um dispositivo que nos engana, que nos dá a certeza arrogante de que temos o poder de julgar e brincarmos de semi-deuses e mesmo o tendo, o negamos. Pq vc fala que é julgado, mas nunca assume que o faz também.
Descobri que ser honesto causa espanto porque já é anormal.
Que a TV tem cada dia que se passa menos coisas proveitosas e que só causou o mal.Outro dia, falando com uma amiga, percebemos que quando não tinha TV em todas as casas ,os casamentos duravam mais, tinham bodas de prata e de ouro. Porque adultério não era normal, como na TV. Porque o amor perfeito não era aquele com lindas canções e flores e gente linda como nos comerciais de margarina.Porque ninguém precisava copiar um modelo de felicidade para estar dentro do padrão imposto pela sociedade. As pessoas viviam e amavam e consumiam coisas individualmente, não pela massa.
Descobri que frustrações amorosas e carência, tem criado seres em série sem auto estima nenhuma.Pessoas desesperadas por carinho e atenção que entregam o que tem de mais precioso, que é seu sentimento, em troca de miúdos. Em troca de palavras sem emoção, sexo sem paixão, ligações vazias, abraços largos, olhares sem brilhos. Querem alguém, mesmo que esse alguém o faça mais estar em queda do que nas nuvens e pior : acreditam não poderem mais caminharem sozinhas.
Descobri que o dinheiro tem se tornado um Deus cada dia mais perigoso, que quanto mais o tem, mais alienado se fica. Quando se tem ele no seu altar, menos amigos sinceros se tem, menos saúde, menos liberdade, menos paz e muito, muito menos amor.E infelizmente, o mundo inteiro está voltado a te-lo cada vez mais.
Bebida não é mais diversão, é fuga. Droga não é entorpecente, é remédio.Amizade não é mais cega, é troca de interesses. Amor não é eterno, é brega.
Descobri que não importa o que vc faça, as pessoas não se entregam. Não amam até esvair-se, não colocam uma venda nos olhos quando vc pede apenas que confie em vc para guia-las. Não sonham mais acordadas. Tem medo de declarações corajosas e quase invariavelmente não falam o que sentem.
Mas olha, descobri também que não tem melhor sensação no mundo do que chegar em casa e ser recebida por uma criatura miudinha, que te faz uma festa, que entre beijos e abraços, te garante que o mundo é maravilhoso, simplesmente pq ela existe. A Vivi , minha sobrinha, faz exatamente isso e não entendo mesmo como antes me atrevia achar q eu era feliz, sem q ela existisse.Hj sei o que é felicidade, é ter a linda Vivi por perto.
Eu descobri que uma boa conversa com um amigo pode nos salvar quando pensamos que nosso mundo simplesmente está para acabar. Que um colo afetuoso de mãe pode curar qualquer dor que sentimos e mais ainda: que são seres adivinhatórios.Elas nos ouvem com o coração, sem nada falarmos e enxergam com os olhos qualquer coisa que julgamos poder esconder.
Que uma casa com flores frescas faz milagres ao espírito, que orações feitas com o coração sempre são ouvidas, pq Deus está sempre Lá, pq Existe e é Bom.Que a Lei do Retorno é a mais certa das Leis do Universo, que colhemos sim o bem qdo o praticamos, embora insistimos em não enxerga-lo e que de uma forma ou de outra com certeza,sempre pagamos por pensamentos e ações ruins que tomamos. Que a Lei da Atração funciona, que nossos pensamentos são responsáveis pelo que somos e pelo que temos.
Descobri que família é a melhor estrutura que um ser humano pode ter, é ela quem faz com desenvolvamos o caráter que nos segue pelo resto da vida.Que temos que valorizar e amar as pessoas enqto há vida, pq a morte é um castigo eterno em q nada mais podemos fazer.
Que uma boa viagem pode nos revigorar, que uma ligação inesperada pode valer nosso dia, que as lembranças de um amor bem feito podem garantir dias de brilho nos olhos.
Que palavras como por favor, obrigada e desculpa são breves, mas eternizam o respeito e evitam uma série de arbitrariedades.
E finalmente, descobri que muito embora tenhamos motivos para tropeçar e desanimar, as palavras de Renato Russo, ainda fazem muito sentido:
“A humanidade é desumana, mas ainda temos chances. O sol nasce pra todos, só não sabe quem não quer...”

Meu velhinho

Hoje vou falar de alguém muito especial.

Meu Tato estava a pouca distância de mim e começou a cantarolar uma música de Nelson Gonçalves e alguém elogiou o timbre da voz dele .Sabe o que ele disse: “ Isso não é nada, você tem é que ver meu pai cantando.”
Ouvi, sorri e viajei....Que pena, o amigo dele não ouvir meu pai, porque ele já se foi. “Precisa ver meu pai”...como se ele estivesse presente ainda, olha só.Engraçado, dói falar de quem tanto se ama conjugando no passado.
Sr. Sérgio Fonseca dos Santos.Meu pai.
Era carrancudo, cismado, cara de bravo e voz grave, voz de tempestade.Quando ele ralhava conosco bastava olhar que já tremíamos e quando minha mãe ameaçava : “ Ah...deixa seu pai chegar, vou falar tudo pra ele”. Pronto, acabava o dia só de imaginar a bronca...rs. Tocava um saxofone como ninguém,tinha um “que” para a boemia....um grande “que” na verdade..Minha mãe diz que puxei a ele totalmente nesta parte (por que será?rsrs)...
Era cheio de normas e regras... “Filha minha não faz isso, filha minha não faz aquilo”.No começo estranhávamos essas tais regras, depois acostumamos, passamos a respeitar e finalmente entendemos.Entendemos que sem elas não teríamos formação tão boa de caráter, talvez não fossemos uma família tão unida e talvez não passaríamos adiante tais valores.Hoje sabemos que nosso pai e nossa mãe fizeram um lindo trabalho.

Sinto falta do meu pai todos os dias. Falta de quando ele brincava comigo, de quando me pegava pra dançar um samba quadradinho, quando tentava me ensinar samba rock.De quando ficava ali no lugar em uma cadeira dele no canto da mesa, calado, mas presente.Às vezes passava o dia todo no quarto ouvindo rádio, escrevendo e fumando....eu, que sempre fui meio serelepe, nunca me intimidei pelo silêncio dele...Abria a porta do quarto e logo dizia “ Oi velhinho!” e ficava puxando papo, mesmo que ele não respondesse, mesmo que ele quisesse continuar no seu silêncio.Era muito bom saber que ele estava ali.

Morte é uma coisa estranha, né? Me lembro que o dia 21/11/2003 em que ele se foi, foi o pior dia da minha vida, a dor era avassaladora...Mas ao voltar pra casa, observei que lá fora a vida está do mesmo jeitinho. Pessoas nas padarias e nos bares, olhando o relógio, conversando, destravando carro, varrendo ruas, adolescentes saindo da escola rindo, mães com crianças no colo tentando pegar o ônibus, ambulantes vendendo coisas...Fiquei um tempão observando e pensei : Caramba, ninguém nem notou que ele não está mais aqui, que ele não verá mais nada disso.Minha vontade era de parar aquelas pessoas e dizer : Gente, meu pai foi embora, a vida não pode ser mais a mesma.
Mas nada pude fazer , nem para prende-lo aqui com a gente, nem para avisar o mundo da minha dor.Descobri que nada somos, que o mundo não pára para te esperar se você, por um infortúnio, precisar diminuir o passo...Descobri que a morte não espera terminarmos um livro, não espera você receber uma ligação tão esperada, não espera você fazer uma viagem de navio ou ver uma última sessão de cinema.
Por isso que eu digo repetidas vezes “eu te amo” com vontade a quem eu acho que mereça ouvir , que abraço as pessoas que gosto sempre, que aproveito minha família e em especial minha mãe o máximo que eu posso.

Ah, Sr. Sérgio....Sr. Sérgio...que saudade que eu tenho.Mas fico feliz por ter participado de bons anos da minha vida e de ter me deixado a melhor herança que eu poderia ter : caráter.
E olha , sua baixinha aqui (como costumava me chamar),te ama todos os dias....E ainda que tenha levado boa parte de mim embora contigo , continuo caminhando , batalhando e tentando ser todos os dias uma pessoa melhor, para que onde quer q esteja se orgulhe de mim!

Saudade...

Tenho saudade...

Tinha uma loja q se chamava Mappin, minha mãe levava a mim e meu irmão pra passear , mas o q eu mais gostava era do lanche que tinha no 4º andar da loja.Um cheesburger enrolado num papel com o logo da loja, os assentos eram estofados vermelhos...quase consigo me lembrar do cheiro do lugar.

Eu deveria ter uns 9 anos quando minha mãe ia trabalhar e me deixava cuidando do meu sobrinho.Ficávamos na sala assistindo Xou da Xuxa, eu brincava de jogar cartas pra cima, assim como ela fazia e ouvia todos os discos....passávamos horas lá quietinhos e brincando, com a porta trancada, nada no mundo do lado de fora nos tocava. Faz 20 anos, hoje o Fe já tem uma filhinha até.

Eu descia na rua da minha prima e passava o domingo todinho lá...Jogando vôlei, tomando banho de mangueira e quando chovia, ficávamos disputando quem ocuparia o lugar em que caía mais água da calha...Tenho saudade de com 15 anos não ter maldade, uma paquera ou outra, mas o gostoso mesmo era sentar na calçada e ficar rindo sem motivo certo, brincar, conversar...td era tão verdadeiro.

E a faculdade?Meu Deus! A faculdade....essa sem dúvida foi a época mais feliz da minha vida e a mais saudosa.Tenho saudade dos bate papos na escada, da preguiça de subir pra aula qdo dava uma parada no bar. Saudade até da correria da monografia e principalmente de todas as amizades q fiz lá, que amo até hoje e sempre.

Sinto muita falta, mas muita mesmo de álbum de fotografia, de revelar fotos...Daquelas pessoas que passavam nas casas pra tirar foto de criança e fazer álbuns diferentes, daqueles que os pais mostram depois de anos pra amigos, namorado...Saudade de quando chegavam cartas e não e-mails rápidos e gelados.De "Parabéns" pelo telefone e não em msg no orkut, de discutir com alguém pessoalmente e não pelo msn. Sinto saudade de qdo as pessoas se conheciam pessoalmente e não somente vitualmente.

Saudade de qdo o cinema custava R$5,00 e q a pipoca não era o preço de uma refeição.E de quando as pessoas morriam mais de velhice.De quando ng precisava fazer "marketing pessoal", as pessoas eram o q eram e gostavam dela por isso.Saudade de boas notícias no jornal.De quando as pessoas não escodiam tto o sorriso.

Sinto saudade de pisar em folhas secas na rua pra fazer aquele barulinho, de andar com menos pressa, de ver meus amigos mais freqüentemente.Saudade de quando o tempo nos dava mais tempo.De qdo sentíamos mais os aniversários, os Natais, tínhamos mais esperanças porque afinal, tínhamos tempo pra criar esperanças. Hoje mais parecem sucessões de reprises quando se vai de um ano ao outro, do que uma página limpinha de vida.Queria sonhar mais como antigamente.Deitar e numa noite tranqüila ter mais sonhos, que o cansaço e o sono curto não tirassem esse prazer.

Tenho saudade de conquistas, de paquera, de pernas trêmulas, de frio na espinha,de noites de suspiro.O que temos hoje? Beijos em bocas sem nomes, toques num corpo sem rosto, prazer na pele e não na alma....Queria mais casas térreas com jardins e menos prédios,menos fast-food e mais almoços em família (isso em tenho ainda, graças a Deus), mais abraços e muito menos torpedos.

E sabe de uma coisa?É melhor que eu aproveite esse instante de vida q já me foge, antes que eu morra de saudade dele tb...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

28 de maio !

Há uns 20 dias atrás eu estava como criança q se perde da mãe em supermercado....aflita, perdida, quase desesperada....Daí fui ler sobre essas coisas de inferno astral e em suma dizia q antes do nosso aniversário, nosso planeta ascendente ( o meu é Mercúrio) passa pelo exato mesmo ponto entre a Terra e o Sol como no dia em que nascemos e isso abala toda nossa estrutura, nossa vida vira um caos e dá-se o tal Inferno Astral.
Li isso, refleti e sabe o q eu fiz? Abri o bocão de novo, pq não tinha me ajudado em nada ler td isso, nem pra me conformar.....Liguei pra meia dúzia de bons amigos, dei uma esperneada básica, daí minha família me acolheu, suspirei mais fundo e pronto....a pane foi passando, passando, passando e agora está tudo bem de novo....
A questão é: Hoje completo mais um ano de vida .....29 anos.Uau!!!!
To adorando , bicho. De novo, eu percebi q sou uma pessoa de muita sorte e de muitos privilégios...Sou amada, querida, cheia de saúde com a Graça de Deus.
Tenho meu tesouro incalculável q é minha família, meu mais recente presentaço que é minha Vivi – minha dádiva, meu fôlego diário - meus amigos que riem e choram comigo numa facilidade incrível e cada dia q passa valorizo mais e mais isso. Minha paixão é tudo isso na verdade. Vivo em prol de realizações desse tipo, de receber o abraço de todos os meus queridos.
Adoro esse dia por isso: pela carga de energia positiva q recebo através dos abraços sinceros, pelas ligações, pelos recados, pela certeza de q sou abençoada porque não atravesso caminho nenhum sozinha.E sei q mesmo meus amigos mais distantes fisicamente tem uma ligação muito especial comigo e me levam em suas bagagens mundo afora. Isso q me sustenta, isso q me enriquece e me faz feliz.
Neste mais um ano de vida, posso falar q mais ri do que chorei, apesar de ter levado uns tropeções e ter perdido muitas coisas, de ter me apaixonado e me iludido de novo (porque sou uma escrava emocional inveterada e ponto) e me decepcionado com pessoas nas quais confiei minha amizade, meu carinho e minha paixão...Mas sorrio pq estou aprendendo, me lapidando e não digo: “ nunca mais farei isso” pq vou mentir. Acho q meu maior vício e defeito é botar fé no ser humano, é acreditar q nunca é tarde demais pra fazer uma graça, pra doar-se e acreditar e se empenhar pelas pessoas.Depois eu choro, finjo q aprendo , finjo q me vingo, finjo q mudei e volto ao ponto de partida – apostando na humanidade.
E nessas indas e vindas descubro q é isso q é o bacana da vida, é achar pessoas q não nasceram na sua família, mas é como se sempre fizessem parte dela. É descobrir q se namora uma vida e um batalhão de gente falar q a coisa está fora de compasso e vc vai quase acreditando, só q no mesmo instante, o danado te acolhe num abraço, te manda aquele sorriso e te preenche com todas as certezas de que vai envelhecer ao seu lado.É sentir faltar hoje do abraço do meu querido paizinho, mas me abastecer das boas lembranças que ele me deixou.
É chegar em casa e a Vivi esticar o bracinho à procura do meu colo, é ouvir as gargalhadas da minha mãe ou perceber q ela vigia meu sono enqto meus olhos estão fechados e ela pensa q estou dormindo...às vezes chego de madrugada e qdo abro a porta do quarto dela, ouço ela quase sussurrar “ Graças a Deus”. Impagável!
É bom comemorar mais um ano sim.
Só tenho o que agradecer e quase nada a pedir, aliás, tenho a pedir sim. Pedir que todas essas pessoas queridas que me rodeiam continuem puxando a corda da vida comigo, que caibam mais e mais no meu abraço, que ouça milhares de vezes o som do brinde dos copos, que minha história e do Caio seja tão linda quanto o sorriso dele, que possa ter saúde pra ver a minha Vivi crescer com muito mais saúde que eu e q a veja pular de felicidade na maior parte do tempo.
Peço também que tenham mais dias de sol, que ainda tenha água por muito tempo na Terra, que meus amigos me aturem com a mesma paciência de sempre, que o mundo todo use menos cor-de-rosa, que eu tenha bom humor em todas as manhãs, que as pessoas tenham mais coragem de viver por amor e se renderem a ele sem olhar mais nada, que parem de questionar a sexualidade do Bob Esponja , que eu conheça o Wagner Moura e o destino nos felicite (rs), que minha mãe faça mais lentilha,que achem o Padre dos balões numa Ilha Deserta com seu GPS e mais 12 mulheres (e umas brejas vai...não consigo imaginar nenhuma cena feliz sem ela, perdão!),que o Coringão ganhe mais vezes, que todos os ônibus tenham a lotação máxima de 3 pessoas e que passem a cada 4 minutos...rsrsrs

Sério?
Tenho uma certeza...
Sonho e espero 1.001 coisas....mas troco tudo isso só para ter mais alguns dias como hoje:

Ensolorado + cheio de abraços + sorrisos + gente do bem + saúde + amor
=
....qual a palavra mesmo?
Opa! Felicidade, claro.


Pronto.E quem disse que nunca descobririam a tal fórmula???rs.

Perdões.

E daí outro dia eu estava conversando com meu Tato e o assunto foi muito bacana pq me rendeu reflexões e verdades. Ele me citou uma música lindíssima do Chico e gostei da idéia de colocá-la aqui, mas não sem antes pincelar o significado dela ou em suma sobre o que falamos.Nesse espaço "quem sou eu" vivo escrevendo de tudo, já me descrevi, já filosofei , poetisei , parafrasiei coisas q achava q deveriam ser registradas e enfim...E a coisa de colocar uma música é pq música fala muito de quem somos, do que está escondido ou explícito, lembra pessoas, momentos , aspirações e por isso aproveito esse espaço.A música fala de perdão.Chico diz inteligentemente (característico) sobre o outro lado da moeda num relacionamento, coisa q é atípica...De repente delegamos o poder para outra pessoa nos transformar no que ela quer, parou pra pensar?Um dia vc se vê e tudo q consegue enxergar é q está se moldando para se fazer apaixonar-se, para não magoar a outra pessoa quando na verdade vc está se magoando.É desgastante.É complicado.O amor tem dessas coisas. A letra fala disso, do perdão q ele dá a outra pessoa por fazer com que ele tenha uma vida alternativa, ele a perdoa (ou ela...não sei) pela culpa q ele carrega de ser feliz em momentos longe dela, pelo peso q é ter q mentir para poupá-la da mágoa.Vc pode me dizer q então ele não ama e pode abandoná-la de vez e pronto,caso resolvido.Mas sim, ele a ama, como mil pessoas amam seus parceiros por aí,mas tb ama sua vida e do q gosta de fazer com ela....mas a outra parte não entende essa divisão, quase nunca.Tudo gira em torno da posse, única e absoluta.Num estalo pertecemos à outra pessoa e nada mais pode ter graça sem sua presença...amizades, viagens, caminhos....nada mais pode ter graça.É uma regra e quando vc a rompe, sofre penosas conseqüências...Vc está quebrando um paradigma, isso não é aceito.Vc não acredita q vc seja normal pq não está correspondendo às expectativas, se cobra, se julga, se esconde, sofre.Em alguns casos, a falta de retorno naquilo q vc investiu (pq relacionamento é um investimento...caríssimo por sinal), vai te cansando...o amor ainda está presente, mas começa a perder a cor vibrante pq a outra parte não te devolve aquilo q vc esperava e daí vc vai dividir esse amor com outras coisas q vc tb gosta e se culpa.Isso quando não acontece o pior...vc simplesmente não entende pq seu amor está se desbotando, abraça essa responsabilidade de não ter sido boa ou bom o suficiente para q as coisas corressem muito bem e se pune, vai se flagelando, como fulga vai se convencendo a fazer coisas que não te fazem tão bem assim....mas acha q podem te ajudar e a cada dia q passa vc está pior, embora queira acreditar no contrário, vai virando um triste projeto de vida.Achei (achamos, eu e meu Tato) q a música cabia nessa pauta.É isso.....Só se perdoa quem se ama.Eu o perdoo por eu ser assim!

A música:

Te perdôo
Por fazeres mil perguntas
Que em vidas que andam juntas ninguém faz
Te perdôo
Por pedires perdão por me amares demais
Te perdôo
Te perdôo por ligares pra todos os lugares de onde eu vim
Te perdôo
Por ergueres a mão Por bateres em mim
Te perdôoQuando anseio pelo instante de sair
E rodar exuberanteE me perder de ti
Te perdôoPor quereres me ver Aprendendo a mentir (te mentir, te mentir)
Te perdôoPor contares minhas horas Nas minhas demoras por aí
Te perdôo
Te perdôo porque choras
Quando eu choro de rir
Te perdôo
Por te trair

(Chico Buarque de Holanda...o áudio é maravilhoso)

Dores de cabeça...

Nossa....to com dor de cabeça há dias...e da dor nasce boas reflexões, né? Vou compartilhá-los...
Pq a gente não pode preencher uma ficha antes de nascer, dizendo como gostaríamos q as coisas fossem ?Olha só:gente escolhe como nossa vida vai ser...coloca 100 coisas e são escolhidas pelo menos 15 para nos satisfazer e o resto a gente dá um jeito...Quem dissse q eu queria ficar longe de ttos amigos? E quem disse q eu não posso ganhar bem e ter o carro dos mesu sonhos? Quem determinou isso? Daí vem alguém e fala: " vc q escolheu teu caminho"...uma pinóia! O rico q nasce rico escolheu o caminho dele tb? A pessoa q tem sorte e ganha na loteria tb escolheu? A gente não escolhe...acontece. E daí a gente tem q ficar com essa cara de foca falando amém pra td pq a vida é feita de "dificuldades para amadurecermos"...Nossa, quem foi q inventou tanta ladaínha???Queria uma coisa mais fácil, um mecanismo de liga-desliga na gente, sabe?
Assim, veja q legal : quero parar de me magoar - aperta o botão desliga para sentimentos. Quero ter bom humor: aperta a tecla alegria e segue o dia...entendeu? Caramba....A gente tem q ficar trancada num lugar o dia inteiro, sem ver a cara do dia,sem ver um pôr-do-sol, sem chupar sorvete de banana da Kibon à tarde chutando pedrinha na rua pq tem q pagar as contas....E contas essas pra sobrevivência...cheínha de impostos...É aluguel, é água (pagamos pela água, cara....artifício natural q tá perigando acabar), é luz (as pessoas viviam felizes sem luz antes, tinham bem mais filhos, mas viviam bem), é tudo....Contas e contas...O dinheiro não dá , daí vc vai estudar pra ter um futuro melhor e sabe quando vai chegar esse futuro? (se chegar?) Na casa dos seus 50 aninhos...feliz aquele q teve a sorte de (entre trabalho, estudo, hora extra, exercícios , vida social) dar uma boa pimbada boa e ter filhos....Olha q bacana! Pelo menos seus filhos poderão desfrutar do q vc levou a vida toda pra conseguir, se não tiver filhos, compre um cachorro e passe tudo pra ele...depois de tantos anos na labuta, vc estará meio gagá mesmo e ninguém vai estranhar essa atitude...
Vivo recebendo esses e-mails com belas paisagens do mundo inteiro. De 12 q vc tb deve receber, quantas vc acha q vai ver antes de cruzar o cabo da Boa Esperança? Sim, esse texto é um protesto.Todo mundo fala de felicidade e de viver intensamente o dia de hoje, mas o ser humano é hipócrita, inclusive o cara q escreveu essa bobagem...Ninguém é intenso, se é, é repudiado...Experimente: Saia com um carinha numa noite e no outro dia, mande um presente pra ele, ligue e fale do qto foi especial, lembre de um detalhe ou outro q não deixou q vc dormisse ao lembrar-se...Colega, o sujeito NUNCA MAIS vai te procurar, vai inventar uma paralisia cerebral ou uma família de filhos no Cabrobró do Norte...Isso, vai sendo verdadeira vai, vai sendo intensa...Conheça uma mulher, faça amizade com ela, papo descontraído,compatibilidade logo de cara...Liga pra ela no dia seguinte ou passe um e-mail falando q tá com saudade, q faz tempo q não desfrutava de uma companhia tão boa...Faça isso...em questão de minutos, seu e-mail vai pra 200 pessoas com a observação em cima: " olha a cantada q eu recebi de uma lésbica...kkkk...to fora!". Ninguém se deu conta de que ser verdadeiro e emocional já é cafona, que vivemos no meio de pessoas que tem constante medo de se envolver , de dar-se, de amar, de SER. Isso tudo me deixa abatida....Poxa vida, não assinamos aviso-prévio antes de sermos demitidos da vida...E se não der tempo? E se não der pra ir pra Índia q eu sempre quis ir? E aquela água de coco q falei q voltaria pra tomar em Trindade da última vez q fui? E o livro q me prometi ler?
Uns meses atrás, uma amiga adoeceu, ficou internada em estado bem grave... Eu chorei a beça de pensar q tinha esquecido de avisá-la q ela seria minha madrinha de casamento e se ela batasse as botas? Me dava pânico...ela tinha falado tantas vezes de sairmos pra dançar e não tínhamos ido ainda...Mas foi um susto, ela graças a Deus está bem agora , saiu do hospital há uns 2 meses...Mas semana passada, ela me passou uma mensagem falando q tava com saudade e onde eu estava, respondi q precisávamos nos ver mesmo, mas que nosso tempo não batia...Não a vejo há 2 semanas eu acho , falei q ela seria minha madrinha logo q ficou boa, mas não saímos pra dançar ainda....
O tempo é nosso inimigo e só no limiar do adeus q lembramos do q esquecemos....Já perceberam q os melhores beijos são os de despedida? Pq não aproveitamos enqto estamos com a pessoa pra beijá-la do mesmo jeitinho?
Estou compartilhando apenas uns pensamentos com vcs....Mas agora preciso trabalhar pra pagar algumas continhas, tem janelas aqui mas ainda não consigo saber se está ventando ou se o sol é quente ou é apenas um sol de outono...
A vida passa, a vida passa.....E essa dor de cabeça q deveria passar, não passa.

Selma com 5 letras.

Selma.
Fonzseca do pai que preferiu tirar o sobrenome da mãe.Todos os 5 irmãos tem nomes iniciados com a letra “S”.Nascida e moradora de São Paulo desde que nasceu, inclusive no mesmo bairro.
A mãe cheia de zelo sempre lhe cobriu de rosa. Cor-de-rosa eram as roupas, os laços que lhe prendiam o cabelo, a casa da Barbie, a lancheira, os lençóis, as capas dos cadernos, a canequinha. Aos 13 anos, Selma decidiu: “Nunca mais uso absolutamente nada cor-de-rosa.!”.Pois bem , assim se deu:Nunca mais usou ou teve nenhum objeto nesta cor.
Tem como maior vício a paixão (pela vida e o que tem nela) que lhe causa a adrenalina de uma queda de bang jump ,com direito a coração na boca e perna trêmula....Mas qdo se fere, é a mesma dor q a queda sem corda. Isso é problema? Não. Ela sempre volta ao topo, ainda em frangalhos e se joga novamente.Sempre arrisca...E pensa: “ Uma hr dá certo e se não der,depois eu me conserto”.
Amigos à sua volta brindando , desde sempre lhe fizeram a cabeça. Desde happy hour ou noites adentro,jogar conversa fora, papo cabeça ou papo sem-pé-nem-cabeça...Boas companhias são sua mina de ouro.Xiiii...mas pode ser chata.Se uma amizade lhe falta, cobra, ralha, se inconforma.Está certa, afinal é parte dela mesma que não lhe é presente.Como dar o próximo passo sem o amigo q é seu melhor apoio?
Caio é seu companheirão. Parceiro. Bom de papo, bom de copo, bom de risada e muito bom de amor. Sujeito que ama divertido, que ama colorido, que ama bonito.Têm às vezes lá seus probleminhas, mas quem não os têm? O que importa é que eles esmagam todos eles num abraço forte e seguem adiante.
Tem como porto seguro sua família, infelizmente sem mais seu querido pai.Mas a família é grande, generosa, firme.....Mãe que acompanha todos os filhos todos os dias até o portão para se despedir e filhos (lê-se todos eles) q todos os dias vão até a mãe dar-lhe bom dia, boa noite, agradecer, paparicar...E agora, há 10 meses (quase 11) chegou a Victória.Ah!!!Linda Vivi....Essa sim é a vida da Selma.A sobrinha q é uma Dádiva. Pequena que tem dentro de si o dom de fazer feliz, de fazer sorrir, de fazer todos à volta viver.Olhos atentos que lêem alegria ou dissabor. Mãos minúsculas que carregam, creiam: O maior amor do mundo.
Que não sirva de ciúme para os outros 4 sobrinhos, seus maiores motivos de orgulho....Os pais dizem q ela é tia que estraga, ela defende a versão de que eles são os filhos q ela não teve, seus “irmãos” mais novos (pq ela é a caçula) e se enrola toda, mas na verdade mima a todos eles sim...rs.
Mas, a Selma tb tem humor oscilante, mal humor pelas manhãs, odeia frio,adora Bob Esponja, pira no Wagner Moura,curte um bom samba de raiz,só come alface no lanche, se acaba de preguiça no seu sofá, não come fígado,terrivelmente (MESMO) geminiana, fã de MPB, tem humor sarcástico,lê como hábito, escreve de paixão e ouve a todos só com o coração.
Selma, com o nome de somente 5 letras,acredita que mesmo com tanta maldade, o ser humano tem jeito, que Deus é justo e se for preciso perdoa, que devemos sempre apostar no amor, pq é nosso ingrediente principal.Acredita q ainda no mundo, havemos de brindar mais e se quebrar menos, que teremos mais risadas e menos lamentos silenciosos, que teremos mais bexigas coloridas do que flores sob uma grama sem vida.
E que enqto temos tempo, enqto estamos aqui, que façamos de tudo para que tenha valido à pena. Que devemos aproveitar mais os abraços, mais as ligações, mais as músicas que tocam sem esperarmos, mais os papos com os sábios mais velhos, mais brincadeiras, menos tempo brigados...Se tiver reciprocidade, fazer de uma pequena amizade uma grande história e de um amigo mais um irmão, que sejamos mais aliados e menos desconfiados...O que há de ser feito, há de ser feito agora, pois é esse o único horário certo na linha do tempo que temos, o daqui a pouco sequer existe.
Salte, arrisque.Se a corda do bang jump estourar...recomece.Na vida não há garantias.
A única garantia q temos é q não somos eternos.

FAÇA VALER À PENA !

sábado, 12 de abril de 2008

Se eu pudesse, eu iria morar bem longe...lá naquela casinha que tem no alto das montanhas que vimos nos quadros ou senão aquelas q qdo vamos viajar e pegamos uma longa estrada,fica no meio do nada. Se pudesse,nadaria incansavelmente até o meio do oceano e só pararia quandonão conseguisse ver mais nada a minha volta .Se pudesse, voltaria a minha infância e qdo me batasse agonia, me esconderia embaixo da máquina de costuras da minha mãe, onde ficavam os pedais.

Se eu pudesse, me apaixonaria menos, confiaria menos nas pessoas, criaria menos ilusões, não seria geminiana...Se pudesse,voltaria no tempo e acompanharia meu pai todas as vezes q ele foi à padaria,ao mercado ou simplesmente qdo ficava sentado no sofá.Fui constante com ele, nunca fugi de dar-lhe todo o carinho que tenho, mas qdo não temos mais a pessoa conosco, a impressão q temos é q dava pra fazer maisum pouco , dava pra aproveitar mais uns 5 minutinhos, que fazem tta falta hoje.


Leria menos essas baboseiras q escrevem q vc deve sempre amar mais, arriscar mais,se darpor inteiro e tudo mais...Loucos.É tudo o avesso...esses poetas e cronistas...será q fazem por vingança? Se feriram e falam "Vamos, faça o mesmo...vai dar certo com vc".Nunca dá...


Queria q tivessem menos filmes de comédias românticas em q nada condiz com a realidade.O mocinho nunca volta no final, ninguém grita seu nome em aeroporto cheio...E aquele teu melhor amigo não é apaixonado por vc desde a infância...Mentira. Gostaria q a vida tivesse menos mentiras.Que as pessoas fossem mais verdadeiras, menos interesseiras, mais reais.


Na verdade, gostaria mesmo q as pessoas continuassem a ser como crianças.Que dissessem a verdade na maior naturalidade possível, que não fingissem amar, que cantassem no meio da rua como se não houvesse ninguém à volta, que encarassem nos olhos alguém qdo tivessem vontade, sem medode represálias....Que qdo sentissem dor ou mágoa, chorassem alto, até derramarem todas as lágrimas e gritassem os pulmões, que dividissem sua dor, sem vergonha nenhuma.Que como crianças, fizessem amigos na maior facilidade a qq lugar que fossem, que percebessem coisas q qdo crescemos simplesmente não precebemos mais.


Queria ter menos medo.Medo de que o tempo passe e que não dê tempo de tudo.Medo de não dar tempo de achar o real sentido das coisas, de descobrir q as coisas valem mesmo à pena.Medo de ter sentido um frio na espinha, uma forte emoção e confundido com amor e morrer, sem nunca tê-lo experimentado de fato....Medo de depois de muito e muito tempo, lá na frente ,olhar pra trás e perceber q " Puetz....peguei o caminho errado...o certo era p/ outro lado, mas agora não sei como voltar mais..."Medo de não conseguir saltar de pára-quedas, de não ter meu cachorro dos sonhos, de não aprender a tocar violão,medo de não ter tempo de ter meu querido filho Bem ou minha pequena Luíza...
Queria ter bem menos medo.

Queria ter um controle remoto do tempo para esticar o fds maravilhoso no campo,meu almoço em família, a Victória ainda bebê, meus bons momentos de namoro e de paquera e diminuir a minha ansiedade, meu imediatismo para que as coisas aconteçam.Diminuir minha vontade de compreender o processo em que as coisas ocorrem,minha dificuldade em escolher uma opçãozinha só,assinalar uma alternativa somente....q dificuldade...

Mas como não posso ir além do que me foi imposto, me contento em viver o hoje, do jeitinho q sou...

Com meus amigos e seus defeitos,que os tornam tão especiais...sem meu amor gritar meu nome no aeroporto,mas falar no meu ouvido o qto me ama....Ser vítima da praga de poetas e cronistas e me apaixonar todo santo diaincorrigivelmente.......

E quanto a ter o controle sobre o tempo...Bobagem a minha.
Se pudesse brincar com o tempo,não haveria recordações, nem saudade , nem a busca de fazer melhor da próxima vez...


Porque tudo q se sabe é q aqueles bons momentos q passaram são insubstituíveis e revivê-los perderia toda a graça.


Selma Fonzseca em 11/04/2008.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Amores Impossíveis

Uma das mais velhas frases da nossa civilização é: “ O coração não escolhe quem ama...”. Mil pessoas discordam dessa afirmação até que um belo dia...
Joana tem um relacionamento estável de longa data e tem um amigo Fábio, que também tem um relacionamento ótimo e admirável.Se dão muito bem, trocam experiências sobre coisas em comuns ou não e acreditam estarem devidamente protegidos com a vacina “ amizade entre sexos opostos é absolutamente normal e sadia”...Ai que alívio de não correr esse risco...E pensa: “ Esse povo é volúvel demais e não se firma em romances...O Fábio? Meu amigo, quase irmão”
Vão para cima e para baixo juntos , na companhia ou não de seus respectivos e tem ótimas conversas e como é bom ter um relacionamento assim: sem a menor maldade.
Numa noite fresca de verão, num jantar oferecido na casa de Joana, enqto estão todos na varanda elogiando seus dotes culinários e entrando em outros assuntos corriqueiros, Fábio se aproxima de Joana e enqto ela lhe explica onde estão os refratários para a sobremesa, ele lhe recolhe alguns fios de cabelo que estão caindo sobre os seus olhos e os ajeita cuidadosamente atrás de sua orelha. Ela se rubra. Ele se afasta e vai pegar os tais refratários.Joana percebe que corou e olha rapidamente pelos lados para ver se mais alguém notou.E ponto.
Passado um tempo, depois de todos terem ido embora, ela se deita e permite-se lembrar daquele momento.Sucessões de perguntas a abordam: “ Pq eu fiquei vermelha? Alguém percebeu, será?Pq ele arrumou meu cabelo com tanto carinho? Se somos amigos, isso é normal, mas não foi muito normal, acho q ele me olhou um pouco por segundos antes de fazê-lo.Deve ser o vinho, bebi um pouco a mais.”
E os dias seguintes, embora ela quisesse que fossem os mais normais possíveis, não foram. Cada ligação, cada piadinha, cada elogio, um olhar perdido...Eram causas para questionamentos internos.Ao mesmo tempo que achava que aquilo tudo era loucura da sua cabeça , podia ter quase certeza que ele havia mudado....E Fábio, por sua vez....
Três semanas após o jantar, notou pela primeira vez que Joana estava diferente, mais encantadora que o normal e que o encarava mais, lhe prestava mais atenção. E estranhamente notou que se antes era bom, falar com ela tinha se tornado algo muito melhor.Percebeu também que ela mudou de perfume e alguma coisa o incomodava quando a via com seu companheiro, quando saíam os quatro juntos.
Em algumas conversas deixavam escapar pistas, mas tudo muito discretamente por ambos se acharem loucos.Por serem pistas discretas, as negavam dando a toda aquela situação uma “que” de absurdo, embora ficassem martelando cada provável “dica”.Para provarem que tudo aquilo não passava de palavras e ações mal interpretadas , se aproximaram ainda mais de seus parceiros, mostrando um ao outro que estavam bem e que se alguém desconfiasse de algo, isso contrariaria qualquer dúvida.
E da amizade, nasceu a paixão , uma paixão proibida.Ambos tinham construído vidas paralelas, entretanto, embora o Universo deles fossem diferentes, ambos tinham compromissos sérios, firmes e sólidos, não poderiam simplesmente esquecer de uma história de longa data para dar vazão a um sentimentalismo que sequer sabiam que era real.E negavam novamente, ainda que tivessem uma necessidade enorme de se verem, mas essa necessidade sempre vinha recheada de desculpas, a pior delas: é só saudade de amizade.
O medo de questionar o outro , de se aproximar e indagar até que ponto aquilo tudo era lúcido, os distanciava cada vez mais da verdade. Era o medo da certeza não ser recíproca, de que tudo que imaginou durantes noites e noites, fosse puramente ilusório e principalmente, medo se expor-se e dar término a uma amizade que outrora era tão sadia.
E o que era uma questão simples: Pergunta e resposta, virou uma angústia, um tormento.
Foi Joana quem tomou a iniciativa em pensar que embora fosse uma questão delicada, se houvesse algo de fato acontecendo, Fábio não esconderia por muito tempo, então era mesmo um erro essa paixonite. Talvez por carência, por afinidade, por admiração quem sabe, pintou a coisa toda como bem entendia e não era pra tanto. Ele era seu amigo e não iria decepcioná-lo falando de seus pensamentos, da vontade que tinha de prolongar todos os abraços, de como queria lhe falar que seus cílios eram lindos, que a maneira pontuada com que ele falava quase a hipnotizava. Que seu perfume só a fazia imaginar em quantas partes do corpo dele também moravam esse cheiro, que a sua companhia era a mais maravilhosa de todas não importando quem estivesse por perto, que embora estivesse com seu companheiro, queria mesmo era estar com ele.Ah...se ele soubesse como os dias se arrastavam longe dele e que mesmo ao lado da sua mulher, ainda assim, sua presença era radiante.Não, não poderia lhe explicar que ela compactuava da maioria das coisas que ele lhe dizia, que tinham centenas de coisas em comum e que já se imaginou com ele mais de duas mil vezes e em mais de quatro mil situações.
Mas não podia.Não tinha certeza do sentimento dele.Não poderia ser escorraçada da vida dele por um engano.
E para apartar a tortura, decidiu afastar-se.Foi aos poucos.Menos telefonemas, menos jantares, festas e viagens em comuns. Menos sorrisos, mais desvios de olhares, bem menos pistas.Se ele não as lia antes, é porque não lhe era bom, porque ele simplesmente não achava correto e ele o respeitaria.
Bastaram alguns poucos meses e tudo estava muito frio, quase inerte.E quando Arnaldo, seu companheiro lhe perguntou sobre seu amigo sumido Fábio, mesmo com um nó na garganta , ela lhe respondeu que algumas coisas não são eternas, nem mesmo a amizade que cogitamos ser e que tudo um dia tende a acabar.Derrubou duas lágrimas, mas a cebola que estava cortando lhe salvou de explicações.
Fábio continuou mais sete meses com Lúcia, sua mulher, separou-se porque percebeu que se o que sentiu por Joana o abalou tanto , era tão intenso, o que tinha com Lúcia não era amor.E se não era amor, seria desonesto levar isso adiante, faria mal para ambos certamente.
A última vez que o viram, estava embarcando para uma cidadela do Oriente onde desenvolveria um antigo projeto. E durante a longa viagem, não pôde deixar de pensar:

“ Se naquela mesma noite eu tivesse ousado um pouco mais além de tê-la olhado por alguns segundos e brincado com seu cabelo, se tivesse falado há quanto tempo eu estava ensaiando pra isso, daí então ela perceberia o quanto minha paixão era verdadeira e aí quem sabe, alguma vez, tivesse pensado um pouco em mim....”

segunda-feira, 17 de março de 2008

ah...amor...

Como dimensionar uma paixão?Como medir o abstrato?Atrevo-me em algumas tolas cartas a meu namorado, chutar dimensões imprecisas....Como o anel de Saturno, ou daqui ali na Austrália....às vezes brinco que ele precisaria ter 6 vidas pra começar a entender o quanto o meu amor e o seu amor me são importantes.Por mais que queira explicar, fica mais longe o real significado. Vcs passam por isso será?Como exemplificar e se fazer claro quando vamos falar daquele calafrio que sobe à espinha quando vem o toque sutil na nuca?Ou quando vc se deita ao lado de alguém e o experimenta vê-lo dormir, ressonar...quase acordar e quase perceber que vc o nota, mas tudo quase, pq está tão longe do consciente...e como fica lindo!
Qual o jeito de falar sobre a euforia de qdo ouve sem querer aquela música no rádio e repete as frases com o cantor,pensando em como se encaixa com vcs e que precisa arrumar um jeito de dizer a ele que é outra música que são de vcs agora.E sessões de cinema? Quem inventou essa tela grande que faz a gente ficar quietinho e ao mesmo tempo em total sintonia com o outro?Acho que cinema foi feito pra isso mesmo....Pra mostrar que muitas vezes, não é preciso estar olhando nos olhos, que não é preciso falar...Basta estar ao lado, tocar-se afetuosamente. E o silêncio traduz o “eu te amo”, “ como é bom tê-lo comigo”.....Pr’aqueles fissurados em filmes saberão o que estou falando...eu guardo meus tickets de cinema desde qdo começamos a namorar....e lembro e relembro e adoro.
E vc pode me falar:: “mas homem não se apega a essas coisas...é tudo bobagem”...Bobagens se transformam em bobagens quando vc passa a denominá-las assim....Amar nunca é bobagem.Dedicação não é bobagem....Bobagem certa é perder tempo prevendo o que de mal pode acontecer...As coisas findam quando tem que findar e enqto isso não acontece, porque não enfeitar a cabeça do seu amor com um cordão de flores? Pq não deixar bilhetes pelos quatro cantos recitando lindas poesias?Como seria bom que se todo mundo que estivesse apaixonado colasse nos postes no caminho onde o outro passa, folhas inscritas sobre seu carinho...só para lhe dar um dia melhor, um dia encantado.
Me nego a acreditar que o “ser romântico” é brega e demodê....Não pode ser.Se isso for embora tb, o que sobrará pra gente? Angústias, frustrações e toda sorte de sentimentos que causam doenças degenerativas????Eu sou do time das que torcem pelo contrário...De que façamos muito e muito e muito amor e que deixemos a guerra. Guerra de provar quem pode mais, guerra de sobrepujar e esconder sentimentos. Sou a favor de amar sempre, despencar do 17º andar , olhar dentro dos olhos, abraçar forte, rir e comover-me, comprar a causa do outro, ser um par.
E que o eterno dure exatamente o que tenha que durar.Nem mais nem menos, apenas o suficiente para que tenha valido à pena.

Recomeço

Às 01:29h da matina estive pensando, ou melhor, concluindo um pensamento.Resolvi registrá-lo pra não fugir, temendo que meus sonhos me roubassem o plano de idéias que me resolveram assolar a esta hora, sentei e redigi.Simples, mas requer reflexão.Meus amigos:Descobri que existe um estágio na vida em que vamos ao fundo do poço, um estado de letargia absoluta e tudo o que nos rodeia é a escuridão.É um estado físico e espiritual que nos consome gradativamente e quando nos damos conta, um belo dia, com ou sem chuva, estamos lá no fundo, no escuro, abraçados a nossos joelhos , apertando-os contra o peito e de cabeça baixa.Sem entender mais nada,vc se nega a acreditar que a vida é isso - uma batalha constante, uma sucessão de dejavu’s, uma tecla replay ininterrupta, uma repetição de erros e acertos.Há muito tempo, alguém inventou a palavra felicidade e pronto: Vc passa a sua bendita vida inteira procurando e caçando e denominando qualquer coisa por felicidade.Uma busca frenética por status profissional, amizades sólidas e duradouras e principalmente aquele amor do tipo “sessão da tarde”.Amor de suspiros, amor que é antídoto pra qualquer mal, amor arrebatador, com direito a beijos em meio à chuva, declarações criativas de amor eterno, amor em câmera lenta e claro, eterno.E qdo vc chega neste estágio, lá no fundo, o que há dentro da sua cabeça cabisbaixa é o contrário de tudo isso.De repente, seus braços ficam fracos de remar contra a maré, de ter que começar tudo de novo.Neste estágio, vc está cansado, banido, mal humorado e sem nenhuma perspectiva de achar soluções. E pensa: “De novo? Pra que? To tentando desde que nasci. Não me pergunte o que eu tenho .Apaguem todas as luzes que restam e me deixem recolhido”.
E depois de algum tempinho, vem a parte boa da história. Alguém não te ouve, ou finge que não te ouve. Não apagam uma luz em algum lugar. “Pombas!Não quero mais, cansei!”.E de novo, se negam a ouvi-lo. “Vc quer saber? Eu mesmo vou levantar daqui e apagar a bendita luz.Não quero nada me iluminando.Quero ficar assim.Desisti.Não quero nem essa mínima luz!”. Vc se levanta, só pra se desfazer dessa luzinha lá no fundo, pra acabar com ela pq vc está simplesmente cansado de tudo.E quando vai chegando mais perto, vê que se trata apenas de uma fresta de luz e que por trás dela,tem muito mais.E melhor, coloridas.E mesmo que alguma coisa em vc não queira ficar, uma parte maior o avisa de que não é o fim.Alguém lhe sorri e empesteia o lugar de luz, outro alguém te abraça e te recarrega com outra fonte.Seu companheiro te mostra que existe amor sim e que não precisa ser em câmera lenta, mas em tempo real, porque a vida é em tempo real. Seus amigos colorem todas as suas idéias que estavam cinza e sua família te traz o próprio Sol.
E de vez enqdo vc terá vontade de se recolher, terá vontade de ficar quietinho, mas nunca mais de desistir.E neste estágio meus amigos, que é o mais bonito, vem a melhor descoberta:
De que em toda fresta de luz, sempre há um lindo recomeço!